quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Missão Integral

Já está claro a responsabilidade que pesa sobre aqueles que professam a fé em Jesus Cristo. O estudo da diaconia nos confronta com a realidade de que o Reino de Deus não deve ser somente proclamado, mas demonstrado. Por isso, nas próximas linhas, traçaremos um breve perfil da Missão Integral, uma prática que remonta a Jesus Cristo e à igreja do primeiro século, mas que por muito tempo foi esquecida ao longo da jornada cristã.

Sobre a Missão Integral

A expressão “missão integral” é relativamente nova, se comparada ao modelo de missão que ela representa. A expressão surge no seio da Fraternidade Teológica Latino-Americana há mais ou menos três décadas. Seu intuito era o de enxergar a missão da igreja dentro de um modelo mais bíblico, diferenciando-se assim, do modelo tradicional de missão instalado nos círculos evangélicos.

Não temos espaço para apresentarmos todo o histórico da Missão Integral, todos os movimento que a influenciaram e contribuíram para seu surgimento[1]. As influências vem de movimentos dos Estados Unidos, Europa e América Latina. Destacamos o Congresso de Lausanne, que aconteceu na Suíça em 1974. A partir desse congresso o mundo evangélico, de forma geral, começou a refletir sobre a missão integral da igreja[2] e os teólogos latino-americanos começaram a influenciar o debate missiológico além de suas fronteiras.[3]

Depois de Lausanne, ficou evidente duas maneiras de se entender a principal missão da igreja, os mais conservadores continuaram crendo que a evangelização é a principal tarefa da igreja e outro grupo “começou a trabalhar na direção de que não há prioridade na missão da igreja [...] tanto a evangelização como a ação social se completam, sem uma priorização entre elas”.[4]

A seguir, delinearemos algumas diferenças entre o modelo tradicional de missão e o modelo da missão integral.[5]

O Modelo Tradicional

No modelo tradicional a missão é concebida essencialmente como um cruzar fronteiras geográficas com o propósito de levar o evangelho do “mundo ocidental cristão” para os “campos missionários” do mundo não-cristão (os paises pagãos). Em outras palavras, falar de missão era falar de missão transcultural. O propósito da missão era “salvar almas” e “plantar igrejas”. O papel da igreja local ficou reduzido a prover pessoas para a missão e dar apoio espiritual e econômico.

Esse modelo foi instigado no afã de cumpri Mc 16.15 e é inegável que, apesar de suas deficiências, este conceito de missão que prevalece no movimento missionário moderno inspirou (e ainda segue inspirando) milhares de missionários transculturais a sair de suas terras para difundir as boas novas da salvação em Jesus Cristo mundo afora e assim escreveram muitas das mais belas páginas da história de Igreja.

Graças a essa compreensão tradicional de missão, hoje a Igreja é um movimento de alcance mundial, com congregações em praticamente em todas as nações da terra.

Padilla afirma que a identificação da missão da igreja com a missão transcultural, gerou pelo menos quatro dicotomias, que de certa forma afetam negativamente a igreja, dessas quatro, expomos duas:

1 - A dicotomia entre missionários, chamados por Deus a servi-lo, e cristãos comuns, que podiam desfrutar dos benefícios da salvação, mas estavam excluídos de participar do que Deus quer fazer no mundo. Atrevo-me a sugerir que a dicotomia entre “clérigos” (incluindo missionários e pastores) e “leigos” está na raiz do problema de muitos “domingueiros” que fazem parte do povo evangélico.[6]

2 - A dicotomia entre a vida e a missão da igreja. Se, para que a igreja fosse “missionária” bastasse enviar e apoiar alguns de seus membros para que se ocupassem da missão, algumas igrejas não teriam nenhum impacto significativo em sua vizinhança: a vida se desenvolve na situação local (em casa), mas a missão em outro lugar, preferencialmente no exterior (o campo missionário).

Fica evidente, a partir do exposto acima, que essa dicotomia se origina da redução da missão a um esforço missionário transcultural. Disso resulta a ideia de que missão consiste, tão somente, na tarefa de evangelização que um missionário enviado por alguma igreja local realiza num campo missionário em algum lugar do mundo, cumprindo assim a tarefa missionária de toda a igreja.

Um novo paradigma para a missão

A partir da missão integral, o fator geográfico torna-se secundário, a única fronteira a ser cruzada é o que é fé e o que não é e isso só depende do anúncio da pessoa e obra de Jesus Cristo, independendo do local onde esse anúncio é feito.[7] Cada igreja é convidada a participar da missão de Deus, uma missão que tem alcance local, regional e mundial.

A proposta da missão integral exige que a igreja comunique o evangelho mediante tudo o que é, faz e diz. Dessa forma, cada membro passa a servir aos interesses do reino de Deus.[8] E começa a entender que o objetivo da igreja não é crescimento numérico, abundância em bens materiais ou poder político, mas é ser um sinal histórico desse reino, que tem como emblema o amor e a justiça.

Cumprir esse propósito é tarefa de todos os membros da igreja, sem exceção, que recebem do Pai dons e ministérios para o exercício de seu sacerdócio, assim, testificam “do amor e da justiça revelados em Jesus Cristo, no poder do Espírito, em função da transformação da vida humana em todas as suas dimensões, tanto em âmbito pessoal como em âmbito comunitário.”[9]

Assim, as dicotomias do modelo tradicional são superadas, e todos se descobrem como participantes da obra redentora de Cristo, não importando o local, status social ou cargo eclesiástico.

Teologia da Missão Integral

A Teologia da missão integral, como o próprio nome sugere, pretende ser uma Teologia que se ocupa com a totalidade da realidade que precisa ser redimida. Tem como alvo o não apenas a salvação de almas individuais, mas, sobretudo, a salvação do emaranhado de situações que comprometem a vida e o seu bem-estar. Portanto, o foco não está unicamente no indivíduo, mas este em sua relação com seu contexto social, político, econômico, entre outros. De acordo com Sanches:

A realidade humana é abrangente e integra vários aspectos que se interrelacionam, e não podem ser tratados parcialmente. [...] É nessa realidade humana integral e complexa que a Igreja é chamada a missionar, portanto, não há outra forma de realizar a missão no mundo, senão na perspectiva da integralidade.[10]

É a partir desses pressupostos que nasceu a Teologia da Missão Integral. Ela é resultado de sério e consciencioso trabalho de teólogos latino-americanos, envolvidos diretamente com uma visão mais abrangente de missão e Reino de Deus.

Todo o Evangelho

“O evangelho todo para o homem todo, para todos povos”. Este é o lema que sintetiza a Teologia da Missão Integral. Sua base teológica encontra-se exposto, entre outros, no conhecido “Pacto de Lausanne”. Entende que a evangelização consiste na divulgação das boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor ele agora oferece o perdão dos pecados a todos os que se arrependem e crêem. Ressalta ainda, que Deus é o Criador e juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar a sua vontade pela justiça e reconciliação em toda a sociedade humana, e pela salvação dos homens de todo o tipo de opressão. Isso significa que a fé cristã está inevitavelmente ligada às questões políticas e sociais, que outrora, tantas vezes foram negligenciadas. Ed René Kivitz resume a Teologia da Missão Integral do seguinte modo:

O Reino de Deus é o domínio soberano de Deus, que entrou na história na pessoa de Jesus, com a finalidade de sobrepujar o mal, libertar o homem de seu poder e possibilitar sua participação nas bênçãos inerentes ao governo de Deus sobre todo o universo desde agora e para toda a eternidade.

A soteriologia da missão integral é o domínio de Deus, de direito e de fato, sobre todo o universo criado, através daqueles restaurados à imagem de Jesus Cristo, o primogênito dentre muitos irmãos. A salvação é o Reino de Deus em plenitude, onde a vontade de Deus é realizada - concretizada em perfeição. A redenção pessoal/individual é a apenas uma parcela do que o Novo Testamento chama salvação: o novo céu e a nova terra.

A eclesiologia da missão integral é o novo homem coletivo. Deus não está salvando pessoas, está restaurando a raça humana. Estar em Cristo é não apenas ser nova criatura, mas também e principalmente ser nova humanidade - não mais descendência de Adão, mas de Cristo, o novo homem - homem novo. [...] No Cristianismo, a salvação é pessoal, a peregrinação espiritual é comunitária, e nada, absolutamente nada, é individual.

A missiologia da missão integral é a sinalização histórica do Reino de Deus, que será consumado na eternidade. A igreja, o corpo de Cristo, é o instrumento prioritário através do qual Cristo, o cabeça, exerce seu domínio sobre todas as coisas, no céu, na terra e debaixo da terra, não apenas neste século, mas também no vindouro. [...] A missão integral implica a ação para que Cristo seja Senhor sobre tudo, todos, em todas as dimensões da existência humana.

A antropologia da missão integral é a unidade indivisível do "pó da terra/fôlego da vida", as dimensões física e espiritual do ser humano. "Corpo sem alma é defunto; alma sem corpo é fantasma"; "Cristo veio não só a alma do mal salvar, também o corpo ressuscitar". A ação missiológica e pastoral da igreja afeta a pessoa humana em todas as suas dimensões: bio-psíco-espiritual-social - a pessoa inteira em seu contexto - o homem e suas circunstâncias.[11]

O kerigma, evangelização, na missão integral é a proclamação de que Jesus Cristo é o Senhor, seguida da convocação ao arrependimento e à fé, para acesso ao Reino de Deus. [...].

KIVITZ, E. R. Disponível em < http://www.ibab.com.br/artigos.php?id=43> Acesso em: 15 nov. 2010.
Antes de terminarmos esse pequeno esboço da teologia da Missão Integral, é importante ressaltar que ela não é a soma de evangelismo pessoal + assistência social (esta geralmente utilizada como isca evangelística) mas é uma convocação à rendição ao senhorio de Jesus Cristo, tornando-se um súdito desse reino cheio de amor e de justiça.[12]

Ouça o podcast sobre o assunto, CLIQUE AQUI.

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[1] Para aprofundamento do tema sugerimos a leitura do livro de Luiz Longuini Neto, O Novo Rosto da Missão, editado pela Ultimato em 2002.
[2] BARRO, Antônio Carlos. In: MISSÃO integral: proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo. Ultimato: Viçosa, 2004. p. 72-89. No Brasil, o congresso de Lausanne influenciou os dois congressos brasileiros de evangelização, o primeiro em 1983 e o segundo em 2003.
[3] Disponível em Acesso em: 17 de nov. 2010.
[4] BARRO, Antônio Carlos. In: MISSÃO integral: proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo. Ultimato: Viçosa, 2004. p. 72-89.
[5] Seguiremos a exposição de PADILLA, C. René. O que é missão integral? Viçosa: Ultimato, 2009. p. 14ss.
[6] Recomendamos a leitura da obra Os outros seis dias de R. Paul Stevens, da editora Ultimato. Nela o autor expõe os perigos dessa dicotomia entre cleros e leigos e retoma o sacerdócio geral de todos os crentes a partir das escrituras.
[7] Aquino afirma: “Parece-me que o conceito de missão está fortemente ligado ao texto de Mc 16.15, onde a ênfase recai no IDE! É inegável que esse versículo inflamou corações a percorrerem o mundo anunciando o evangelho, contudo, amarrou missão com deslocamento geográfico, e isso, de certa forma, pode ser um problema. Ao fazermos uma tradução literal a partir do texto grego de Mc 16.15 descobrimos algo importante: “E disse a eles: Indo para o mundo inteiro proclamai o evangelho...”, o imperativo do versículo não é o ir, mas o proclamar. Se a ênfase é o proclamar, logo, não preciso me deslocar geograficamente, mas, onde estiver, posso viver minha identidade como igreja de Deus.” AQUINO, Rodrigo de. Rascunhos da Alma: reflexões sobre espiritualidade cristã. Joinville: Refidim, 2009. p. 67.
[8] KIVITZ, E. R. In: MISSÃO integral: proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo. Ultimato: Viçosa, 2004. p. 64-65.
[9] PADILLA, C. René. O que é missão integral? Viçosa: Ultimato, 2009. p. 18-19.

[10] SANCHES, Regina Fernandes. A teologia da missão integral: história e método da teologia evangélica latino-americana. São Paulo: Reflexão, 2009. p. 147.
[11] Em outro texto, Kivitz diz: A missão da igreja, portanto, não consiste apenas do testemunho de uma mensagem verbal, convocando espíritos humanos a que recebam perdão para os pecados e se acomodem na esperança do céu pós morte. A missão da igreja consiste em levar o evangelho todo para o homem todo, convocando pessoas (unidade corpo-espírito) para que se integrem e participem do reino de Deus desde já, rendendo todas as áreas e dimensões da existência humana à autoridade de Jesus. KIVITZ, E. R. Disponível em Acesso em: 15 nov. 2010

[12] KIVITZ, E. R. In: MISSÃO integral: proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo. Ultimato: Viçosa, 2004. p. 64-65.

Os editores

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Salvação: Expiação, Liberdade e Cura

Por Fernando Albano

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Rm 5.1-2ª)

Aceite ser AceiA Bíblia ensina que Deus se tornou homem. Isso significa que não estamos sós. Alguém se ocupa de nós e vence o mal e pecado, reparando o dano causado ao relacionamento entre a humanidade e Deus. O ser humano é salvo de suas cadeias e curado daquilo que o aflige e o afasta de Deus. Portanto, a morte e a ressurreição de Jesus dá ao cristão uma nova vida, isto é, uma vida eterna.

a. – Expiação

Expiar significa cobrir o pecado. Deste modo, remover o obstáculo à comunhão com Deus. Foi exatamente isto que Jesus realizou na cruz. O cristianismo ensina que o Jesus inocente assumiu para si a culpa de toda a humanidade e sofreu a punição que caberia ao ser humano. Ele padece e morre no lugar do pecador. A teologia cristã denomina isso de sofrimento vicário, isto é, substitutivo. Por meio dele, Deus se reconcilia com a humanidade, e a comunhã do ser humano com Deus é restabelecido.

O apóstolo Paulo destaca que a expiação de Jesus é uma dádiva para a humanidade, embora esta não o merecesse (Ef 2.8-9). Aqui temos o conceito de graça, tão caro ao cristianismo. Deus nos aceita mediante a fé em Jesus, apesar de sermos inaceitáveis. Assim, nossa obra é simplesmente aceitar ser aceito. Geralmente as pessoas têm senso de reivindicação. Isto ocorre por pensarem que possuem méritos. Assim, onde houver méritos haverá reivindicação. Contudo, na salvação de Deus isto não se aplica, pois somos pecadores diante de Deus e, portanto, a base de nossa relação com Ele encontra-se na Sua graça. Definitivamente não há lugar para o mérito humano na salvação. Portanto, só os que são capazes de se deixar presentear. Somente estes são justificados por Deus porque aceitam ser aceitos, se permitem ser alvo do amor e do perdão de Deus.

b. – Salvação

A palavra utilizada no Novo Testamento para “salvo” é um verbo grego que significa “redimido”, “preservado”, “libertação” ou “curado”.

Uma ideia fundamental da teologia cristã é que o indivíduo não pode salvar a si mesmo. A salvação é concedida gratuitamente a pessoa se ela acreditar em Cristo e em sua expiação na cruz (Ef 2.8-9).

É somente por meio da fé em Jesus que o indivíduo pode ser salvo. Convém ressaltarmos que, é “por meio da fé” e não pela fé que somos salvos. Somos salvos pela graça de Deus. A fé serve de canal dessa graça salvadora. Caso contrário, a fé poderia ser compreendida como uma obra humana e, portanto, negaria o próprio conceito de graça conforme ensinada nas Escrituras.

A fé que salva não é assentimento intelectual a respeito de um conjunto de doutrinas, não é mera decisão da vontade em relação à Cristo e nem questão de pura emoção. Mas é aceitar ser aceito por Deus apesar de ser inaceitável. É confiança numa pessoa _ Cristo. É ser livre para viver a liberdade e ser unido a Cristo, a fim de viver em Deus e Deus nele, enfim, receber o perdão e passar a viver em comunhão com Deus, consigo e com o próximo.

c. - Salvação _ do quê?

Do que o ser humano precisa ser salvo? A Bíblia ensina que a salvação significa basicamente se libertar do poder do pecado que domina as pessoas. Para Aulén pecado é tudo o que interrompe e quebra a comunhão com Deus. Sendo a essência do pecado a descrença. Grudem afirma que: “pecado é deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja de natureza”. Elienai Cabral escreveu: “O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus, uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre), resolveu cometer conforme relata a Bíblia”.

A angústia, vazio e ansiedade, que facilmente pode ser constatado em nossos dias, frequentemente são sintomas de indivíduos e sociedades dominadas pelo pecado. Precisamos urgente de salvação. Mas graças a Deus que: “[...] onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5.20-21). Logo, a última palavra não precisa ser necessariamente do pecado, pois há graça, perdão e cura por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

d. – Salvação _ para quê?

Outra palavra para “salvação” é liberdade. “Se, pois, o Filho vos libertar, sereis, realmente, livres”, disse Jesus (Jo 8.36). “É para a liberdade que Cristo nos libertou”, escreve Paulo aos Gálatas (Gl 5.1; cf. Rm 8.2).

É um conceito bíblico que a vida nesta terra tem valor intrínseco. Não somos salvos para fugir deste mundo, pelo contrário somos salvos para poder usufruir dele de modo legítimo, recebendo todas as coisas como dádivas do amor de Deus. Isto posto, a morte é vista como algo negativo. Algo que ofende a vida, por isso Paulo disse que a morte é o “último inimigo”. E é a vitória de Jesus sobre a morte, com sua ressurreição, que fundamenta a esperança na vida eterna.

A Esperança Cristã

Os ensinamentos do Evangelho deixam claro que o Reino de Deus e sua salvação não consistem unicamente no livramento individual, como comumente se pensa. A esperança cristã tem um aspecto comunitário. Em outras palavras, seu objetivo é a criação de um novo mundo, uma era de paz, justiça e fraternidade universais. De fato, a esperança cristã abrange ainda uma dimensão cósmica: haverá “um novo céu e uma nova terra”. Para os salvos, não haverá apenas o céu, mas todas as coisas e o próprio Deus será tudo em todos.

Mas infelizmente, nem todos serão salvos. Não porque Deus não queira salvar toda a humanidade, mas porque muitos permanecerão em pecado, recusando-se a confiar no Filho de Deus. Na realidade podemos afirmar que o julgamento se baseará na resposta do coração humano ao Cristo crucificado (Lc 23.39-43). O ser humano não pode merecer a salvação por causa de suas boas ações. Assim, somente pode ser salvo gratuitamente por Jesus. “Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem o julgamento, mas passou da morte à vida” (Jo 5.24).

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Profundidade em poucas palavras

“Os justos carregam sua natureza carnal, os injustos são carregados por ela.” (Agostinho)

“Sei porque a igreja tem pouca influência no mundo atualmente: é porque o mundo tem muita influência na igreja.” (C.H. Spurgeon)
“Ser um cristão sem orar é tão possível quanto viver sem respirar.” (Lutero)

“Deus promete pra você vitória, não ausência de lutas. Deus promete pra você chegada certa, não caminhada fácil.“ (Hernandes Dias Lopes)

“É possível ser muito ativo no serviço de Cristo e ainda esquecer de amá-lo.” (P.T. Forsyth)

“O Espírito não é dado para tornar desnecessário o estudo da Bíblia, mas para torná-lo eficiente.” (J.I. Packer)

“Nunca me canso de dizer que aquilo de que a Igreja mais necessita não é organizar campanhas de evangelização, a fim de atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora, mas começar, ela mesma, a viver a vida cristã.” (Martyn Lloyd-Jones)

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