segunda-feira, 12 de maio de 2008

Com a palavra John Stott

Caros leitores, confesso estar sem inspiração hoje, mas como tenho o compromisso de atualizar o Blog toda segunda-feira, deixo para vossa reflexão as meditações de John Stott no devocionário A Bíblia Toda, O Ano Todo da Editora Ultimato.[1] (http://www.ultimato.com.br/)



A veracidade da narrativa do Gênesis

Depois disse Deus: “Haja [...]”. E disse Deus: [...].
E Deus viu que ficou bom.
GÊNESIS 1.6, 9-10

Muitos alegam que há paralelos surpreendentes entre os mitos da criação do antigo Oriente Próximo (especialmente o épico babilônico conhecido como “Enuma Elish”) e o relato bíblico da criação citado em Gênesis 1. Porém, o que é mais notável em relação aos babilônios e às histórias bíblicas não são suas semelhanças, mas suas diferenças. Longe de copiar a narrativa babilônica, Gênesis 1 critica e faz objeção a sua teologia básica. Na mitologia babilônica, os deuses, amorais e caprichosos, disputam e brigam uns com os outros. Marduk, o mais soberbo dos deuses, ataca e mata Tiamat, a deusa-mãe. Em seguida, ele divide o corpo dela em duas metades, sendo que uma delas se transforma no céu e a outra, na terra. A julgar por este cruel politeísmo, é um alívio retornar à ética monoteísta de Gênesis 1, segundo a qual toda a criação é atribuída ao
comando do único e verdadeiro Deus. De acordo com o livro do Apocalipse, a adoração eterna no céu concentrase no Criador:
Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória,
a honra e o poder, porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas.
APOCALIPSE 4.11
Os cientistas continuarão a investigar a origem, a natureza e o desenvolvimento do universo. Porém, teologicamente falando, para nós basta saber que Deus criou todas as coisas por sua própria vontade, como expressão de sua simples e majestosa Palavra. Por isso é que se repete o refrão de Gênesis 1: “E Deus disse...”. Além disso, quando Deus contemplou sua criação, ele “viu que ficou bom”.


Devemos, portanto, nos alegrar por tudo que Deus criou — tanto pela comida e bebida como pelo casamento e pela família, ou pela arte e pela música, pelos pássaros, pelos animais, pelas borboletas e por muitas outras coisas. Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças.
1 TIMÓTEO 4.4
Para saber mais: Jeremias 10.12-16

É bom saber que não somos escravos dos deuses, criados com o propósito de prestar sacrifícios e adoração somente, ou que o mundo em que vivemos é fruto da luta entre dois deuses, mas que somos criados a imagem e semelhança do Criador para com ele nos relacionar e que o mundo em que vivemos é fruto da ordem do caos, criado para ser nosso lar.




________________
[1] STOTT, John. A Bíblia toda, o ano todo: meditações diárias de Gênesis a Apocalipse. Viçosa: Ultimato, 2007. p. 17.

3 comentários:

juberd2008 disse...

Prezado Rodriguo,

Postar um texto como este, maravilho do John Stott, já é muito inspirador. Parabéns pelo texto e pelo blog.

Juber Donizete Gonçalves
www.juberdonizete.blogspot.com/

Rodrigo de Aquino disse...

Juber,

muito obrigado pelas palavras de ânimo e incentivo! Stott nesse devocionário escreve coisas surpreendentes e significativas!

Rodrigo

Anônimo disse...

Rodrigo!

Como é bom sabermos que somos feituras de nosso Deus. Criados para o louvor do Seu nome. Muito claro este texto e de uma profundidade inigualável.

Um abraço

Vitor Hugo
www.pericopecc.blogspot.com

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