Estamos escrevendo a história da AD em Joinville, e pesquisando em periódicos da década de 80, deparo-me com um artigo de J. P. Muller, articulista do jornal O Assembleiano, no caderno Voz da Juventude na ed. jun/jul de 1987. Atualmente, Muller é pastor da Igreja da Família - MIRF. Resolvi digitar o artigo e publicá-lo aqui, pois apesar de ser escrito há 21 anos atrás, considerei-o atual em certo sentido.
"ACABARAM-SE OS MANCEBOS?"
por J. P. Muller
A pergunta milenar do grande juiz e profeta Samuel ao patriarca Jessé é bastante atual. O jovem hoje participa em quase todas as áreas da sociedade: no esporte, na política, na literatura, na música e na arte. Desde os tempos remotos a sociedade sempre se elevou ou se abateu usando como instrumento a força jovem. Estadistas conquistam impérios e abateram [sic] reinos; nações sobem as alturas, e em planetas fincam suas bandeiras, usando a aventura do mancebo.
Os maiores desafios da civilização foram a são confrontados pela juventude. É o jovem que dá seu sangue para defender sua Pátria. É o jovem que singra os mares em sua nau e corta os céus com seu supersônico. Há um período na vida em que o homem é todo força, explosão, técnica e habilidade. Há um espaço na sociedade que só pode ser preenchido por jovem. Com ele está a força.
A Bíblia fala
A bíblia é o livro que mais relata em suas páginas e ação, a luta, a conquista e as vitórias dos moços (e das moças), realizando o plano de Deus através dos séculos. É o livro que narra a coragem dos moços. Que exalta a bravura dos moços de fé.
A força jovem
João disse: “Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes...” A Assembléia de Deus ecoa hoje no Brasil como a maior força pentecostal – não nos esqueçamos – ela notabilizou-se no Pais através da força de uma geração jovem. Ela começou com dois jovens. Aqui aportaram e deslancharam esta obra no verdor de sua juventude. Em seguida vieram missionários – moços – ainda e ensinaram a palavra de Deus, a música, geografia e história bíblicas (...). Depois que pregaram o Evangelho, fundaram igrejas, separaram jovens pastores, e foram para frente. Esses jovens pastores, uma vez separados, imbuídos do mesmo afã, a mesma guerra, o mesmo poder, o mesmo entusiasmo, e o trabalho cresceu.
Acabaram-se!
Envolveram-se tanto com o trabalho de Deus, e com tanta esmero que não se deram conta que, a medida que o trabalho crescia, os anos diminuíam. E os mancebos acabaram-se!
A primeira geração passou, a segunda chegou ao fim e a terceira não apareceu. Não apareceu a terceira geração de filhos ministeriais. Embora exista, desapareceu da Igreja. Restam uns poucos apenas, ofuscando sua chamada ministerial e sua vocação para a Palavra, embarafustando-se em conjuntos vocais, bandas musicais, e corais e coisas desse gênero, e tendo nos “trabalhos especiais”, a forma única de amainar o anseio da alma, indo ao altar, oferecendo-se em sacrifício mediante o apelo do preletor, para com isto acalentar a sua mente, excitada pela convocação do Espírito Santo e pela chamada do Santo Ministério. O jovem então levanta-se dali e diz: Vou realizar a obra de Deus.
No dia seguinte, perduram o sabor e a esperança, uma semana, e mais outra... Dias após volta-se para dentro de si e vê que tudo continua igual. Não há plano, não há convite, não há alvo a alcançar. E, olhando para o fim do túnel, não vê sequer um raio um raio de luz, que irradia esperança, para que ele se sinta útil a Deus, a sua igreja e a ao seu pastor, cumprindo a tarefa que lhe foi confiada por Deus, orientado por seus superiores e estimulados pela auto-realização de uma carreira. Conclusão: resta apenas chorar o passado, esperando o amanha incerto.
Semana que vem continuamos, juntos vamos ler o grito de alerta dado por esse articulista no crepúsculo da década de 80.
Os maiores desafios da civilização foram a são confrontados pela juventude. É o jovem que dá seu sangue para defender sua Pátria. É o jovem que singra os mares em sua nau e corta os céus com seu supersônico. Há um período na vida em que o homem é todo força, explosão, técnica e habilidade. Há um espaço na sociedade que só pode ser preenchido por jovem. Com ele está a força.
A Bíblia fala
A bíblia é o livro que mais relata em suas páginas e ação, a luta, a conquista e as vitórias dos moços (e das moças), realizando o plano de Deus através dos séculos. É o livro que narra a coragem dos moços. Que exalta a bravura dos moços de fé.
A força jovem
João disse: “Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes...” A Assembléia de Deus ecoa hoje no Brasil como a maior força pentecostal – não nos esqueçamos – ela notabilizou-se no Pais através da força de uma geração jovem. Ela começou com dois jovens. Aqui aportaram e deslancharam esta obra no verdor de sua juventude. Em seguida vieram missionários – moços – ainda e ensinaram a palavra de Deus, a música, geografia e história bíblicas (...). Depois que pregaram o Evangelho, fundaram igrejas, separaram jovens pastores, e foram para frente. Esses jovens pastores, uma vez separados, imbuídos do mesmo afã, a mesma guerra, o mesmo poder, o mesmo entusiasmo, e o trabalho cresceu.
Acabaram-se!
Envolveram-se tanto com o trabalho de Deus, e com tanta esmero que não se deram conta que, a medida que o trabalho crescia, os anos diminuíam. E os mancebos acabaram-se!
A primeira geração passou, a segunda chegou ao fim e a terceira não apareceu. Não apareceu a terceira geração de filhos ministeriais. Embora exista, desapareceu da Igreja. Restam uns poucos apenas, ofuscando sua chamada ministerial e sua vocação para a Palavra, embarafustando-se em conjuntos vocais, bandas musicais, e corais e coisas desse gênero, e tendo nos “trabalhos especiais”, a forma única de amainar o anseio da alma, indo ao altar, oferecendo-se em sacrifício mediante o apelo do preletor, para com isto acalentar a sua mente, excitada pela convocação do Espírito Santo e pela chamada do Santo Ministério. O jovem então levanta-se dali e diz: Vou realizar a obra de Deus.
No dia seguinte, perduram o sabor e a esperança, uma semana, e mais outra... Dias após volta-se para dentro de si e vê que tudo continua igual. Não há plano, não há convite, não há alvo a alcançar. E, olhando para o fim do túnel, não vê sequer um raio um raio de luz, que irradia esperança, para que ele se sinta útil a Deus, a sua igreja e a ao seu pastor, cumprindo a tarefa que lhe foi confiada por Deus, orientado por seus superiores e estimulados pela auto-realização de uma carreira. Conclusão: resta apenas chorar o passado, esperando o amanha incerto.
Semana que vem continuamos, juntos vamos ler o grito de alerta dado por esse articulista no crepúsculo da década de 80.
3 comentários:
Que acabaram-se os mancebos eu já sei, agora, acabaram-se os artigos também? rsrsrsrsrs
Abraços Rodrigo....Vitor
Obrigado por Blog intiresny
Muito bom o texto do Pastor J.P. Muller, mostra realmente a realidade da juventude desta geração, mais sabemos que a muitos jovens hoje que não querem mais o mundo, já estão cheios do pecado, e agora querem somente buscar a Deus.
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