quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Espada ou Curativo


Eu acabei de assistir a primeira temporada de Lost, produzida pelo nerd J. J. Abrams. Ok, eu sei que estou meio atrasado, mas em duas semanas eu chego ao final da quinta temporada…
Além de todos os mistérios que cercam as personagens perdidas na Ilha, chamou-me muito à atenção os flashbacks dos protagonistas que acompanhamos em cada episódio. Esses flashbacks além de nos revelar um pouco da vida de cada um, nos mostra o porque ele/a está agindo dessa maneira na Ilha, o porque reage dessa forma ao ouvir determinada frase ou conceito a seu respeito.

Geralmente, essas reações na Ilha são fruto de alguma palavra dura que ouviram de alguém que amavam ou consideravam importante: vemos a patricinha que ouviu que nunca faria nada importante na vida, o roqueiro viciado que nunca cuidaria de ninguém, etc. Cada flashback visa explicar essas atitudes na Ilha, e geralmente essas ações, são reações ao que ouviram ao longo da vida.

Fiquei pensando sobre o poder das palavras[1]. Veio-me a mente alguns versículos de Provérbios e o quanto nossas palavras podem levantar ou derrubar alguém num momento delicado da vida, ou numa discussão. Elas podem ser conforto ou cacetada.
Vejamos algumas declarações de Provérbios (NVI):

“A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência.” – 10.11;
“Com a boca o ímpio pretende destruir o próximo,…” – 11.9;
“Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura[2]” – 12.18;

Existem muitos outros versículos na Bíblia nos orientando a esse respeito, mas creio que esses de Provérbios já bastam para nos deixar bem claro, que nós, justos em Cristo, somos convidados a fazer de nossas palavras medicina para os que precisam e não espada que ofende e mata. Em nossos relacionamentos as palavras fazem toda a diferença, constroem ou destroem. E como diz o ditado: “palavra falada é como pedra atirada, não volta mais”.

Não posso esquecer-me de falar da palavra de perdão, ela não irá apagar a ofensa proferida, mas restituirá o relacionamento.
Que possamos usar as palavras para construir pontes e não abismos.
“Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!” – 15.23.


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[1] Deixo bem claro que não penso em poder das palavras no sentido apresentado por Don Gossett em seu livro Há Poder em Suas Palavras.
[2] … mas a língua dos sábios é medicina – ARA.


PS - esse texto escrevi há dois meses atrás para o portal formulados.com.br, já estou em dia com Lost...

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